A AIGRA, enquanto associação idónea que trabalha diariamente na promoção do granito – um produto de elevada importância para a economia local e que contribui significativamente para a manutenção de recursos humanos e para o combate à desertificação, não podia deixar de anunciar publicamente o seu contentamento por ter a honra de participar na criação e implementação de um projeto-pioneiro, que visa não só contribuir para a valorização do setor do granito a nível nacional e internacional, mas sobretudo por enaltecer o Município de Vila Pouca de Aguiar a um estatuto nobre, demonstrando estar uma vez mais na vanguarda com políticas, ideias e ações que evidenciam a preocupação com a dinamização do concelho e uma solidariedade absolutamente necessária perante uma crise humanitária profunda, que tem efeitos devastadores na vida de milhares de pessoas altamente resilientes e que ambicionam a oportunidade de reestruturar as suas vidas em segurança.
A AIGRA gostaria ainda de anunciar que tem a missão de representar os industriais do setor das pedras naturais, zelando pelos seus interesses e pela sua reputação. Por este motivo, manifesta o seu profundo repúdio pelos comentários difamatórios que foram publicados nas redes sociais, uma vez que atentam contra o seu bom nome e colocam em causa a sua dignidade. A AIGRA acredita que estas injúrias foram proferidas num contexto de desinformação, de preconceito e de intolerância, acreditando sinceramente que a maioria dos aguiarenses não se revê nas mesmas.
No que respeita à emigração de jovens, a AIGRA lamenta profundamente esta perda imensurável para o concelho, assim como para todas as famílias que foram separadas como consequência da procura de uma qualidade de vida superior. Todavia, ainda que reconheçamos a dificuldade inerente à emigração, não podemos deixar de mencionar que, na maioria das situações, esta ocorreu num contexto de livre-arbítrio, o que não pode ser comparável à situação dos refugiados, que se viram obrigados a fugir da guerra e dos conflitos que diariamente ameaçavam as suas vidas e as suas famílias.
Gostaríamos ainda de enunciar que, antes de avançar com este projeto-piloto, foram encetados inúmeros esforços no recrutamento de trabalhadores portugueses, junto das entidades competentes, os quais se revelaram infrutíferos.
Face ao exposto, resta-nos apenas mencionar que, enquanto associação que se preocupa com o combate à desertificação, com a fixação de população no concelho e com o desenvolvimento do setor do granito, o qual traz benefícios inequívocos à economia local e, consequentemente, à vida das pessoas, a AIGRA disponibiliza-se para apoiar todos os interessados em trabalhar neste setor, estando disponível para analisar potenciais candidaturas e apoiar durante todo o processo de recrutamento.
Esperando ser a última vez se pronuncia publicamente sobre as acusações infundadas e desmerecidas relativamente a este projeto-piloto, colocando em causa a sua respeitável e notória intenção, a AIGRA gostaria de reiterar o seu agradecimento a todos os envolvidos pela mobilização neste projeto e, essencialmente, por recusarem desistir de manter este setor vivo!
“Nós seremos lembrados não apenas pelo que criamos, mas sobretudo, por aquilo que nos recusamos a deixar desaparecer.”
O Presidente da AIGRA
Mauro Gonçalves